sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Believe In Dreams
Eu sei, os dias virão e irão, Mas, baby, eu envelhecerei, mas eu morrerei. Por agora, vale a pena ficar triste se é mais difícil ficar feliz do que vivo. Pelo problema que eu causei, eu me pergunto: aonde eu pertenço? É aqui? Acreditem em sonhos que vocês tanto amam, deixem a paixão dos seus corações torná-los reais. E digam a todos que vocês amam qualquer coisa e tudo que vocês sentem. Acreditem em sonhos. Acreditem em sonhos...
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domingo, 11 de janeiro de 2009
Mas agora estou dentro de ti...
... sou tua cabeça, sou teu coração e tua alma.
Hoje eu não estou bem, me sinto mal por ontem, pelos últimos dias. Os insultos que eu ouvi, os olhares em direção à minha barriga... Eu não imagino isso, eu sei, eu sinto quando me olham daquele jeito, reparando o quanto eu engordei. Duas amigas minhas comentaram em uma foto minha no Orkut, tive que apagar os comentários... Me chamando de gorda. Fui comer pipoca ontem à tarde, eu tenho facilidade em miar pipoca e minha mãe me sensurou, dizendo: "Depois não vem reclamar que está gorda".
Acordo compulsiva, todos os dias. Vou dormir exausta depois de miar ou sentindo o desconforto por causa da barriga cheia de comida. Já acordo comendo, me sentindo fraca demais pra lutar.
Meu NF foi um fracasso, assim como a semana inteira foi. Não tenho me esforçado e agora eu sei que preciso me punir. Eu engoli o choro hoje enquanto comia, chorar só vai provar ainda mais o meu descontrole. Eu não suporto ser assim tão fraca. Eu nunca vou ter paz desse jeito, eu acho que nunca mais vou poder comer sem ouvi-la dentro de mim, me repreendendo. Ora sussurando insultos, ora gritando desesperadamente para que eu pare.
Eu sei muito bem quem quer o meu bem de verdade. E me ver gorda, para todas as pessoas ao meu redor, é uma forma de me destruir, de me fazer inferior. Eles me querem assim, mas eu não vou aceitar.
Volto com boas notícias, podem apostar. Estou levantando, mais uma vez.
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Hoje eu não estou bem, me sinto mal por ontem, pelos últimos dias. Os insultos que eu ouvi, os olhares em direção à minha barriga... Eu não imagino isso, eu sei, eu sinto quando me olham daquele jeito, reparando o quanto eu engordei. Duas amigas minhas comentaram em uma foto minha no Orkut, tive que apagar os comentários... Me chamando de gorda. Fui comer pipoca ontem à tarde, eu tenho facilidade em miar pipoca e minha mãe me sensurou, dizendo: "Depois não vem reclamar que está gorda".
Acordo compulsiva, todos os dias. Vou dormir exausta depois de miar ou sentindo o desconforto por causa da barriga cheia de comida. Já acordo comendo, me sentindo fraca demais pra lutar.
Meu NF foi um fracasso, assim como a semana inteira foi. Não tenho me esforçado e agora eu sei que preciso me punir. Eu engoli o choro hoje enquanto comia, chorar só vai provar ainda mais o meu descontrole. Eu não suporto ser assim tão fraca. Eu nunca vou ter paz desse jeito, eu acho que nunca mais vou poder comer sem ouvi-la dentro de mim, me repreendendo. Ora sussurando insultos, ora gritando desesperadamente para que eu pare.
Eu sei muito bem quem quer o meu bem de verdade. E me ver gorda, para todas as pessoas ao meu redor, é uma forma de me destruir, de me fazer inferior. Eles me querem assim, mas eu não vou aceitar.
Volto com boas notícias, podem apostar. Estou levantando, mais uma vez.
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segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Você consegue ver as borboletas?
Olha, não está sendo fácil, realmente não. E o que mais me incomoda é que eu ando COMENDO DEMAIS, mesmo! Talvez demais até pras pessoas "normais", eu não sei, talvez, mas o fato é que eu estou sem controle. E, pior ainda: ando tão apática que nem sempre mio. Às vezes eu acho que mais algumas calorias não vão interferir em absolutamente nada e aceito o fato de engordar como conseqüência da minha indisciplina, sem me desesperar.
E é isso o que eu mais odeio, é me dar conta de que estou COMENDO, meu Deus, estou COMENDO quando eu realmente PRECISO passar FOME! E fome mesmo, a fome fisiológica!
Esse ano a Mia não vai conseguir me dominar, eu não vou deixar. Já chega. Já passei dois anos suficientemente horríveis nas mãos dela. Tudo bem, eu me preocupei quando achei que ela tivesse ido embora mesmo, pra sempre, (isso no final do ano passado, há pouco tempo) mas eu já deveria saber que não, que ela não me deixaria assim. Eu já deveria saber, por todo esse tempo em que estivemos juntas. Mas ela não pode continuar me dominando. Já chega, não posso continuar me prejudicando por causa dela. Estou decidida e ainda mais empenhada para controlá-la. Mais do que antes. Ela já me causou muitos estragos...
Agora eu preciso ficar antenda em relação à minha família. No dia do natal, à beira da mesa, a minha mãe estava tentando convencer a minha avó a não comer sorvete, por causa do diabetes, disse que tinha muito açúcar e blablabla. Eu resolvi me intrometer:
- Deixa a vó comer um pouquinho, mãe. Vai fazer mais mal pra ela se ela ver todo mundo comer e passar vontade. - eu disse.
- Ela não pode, tem muito açúcar, Barbie, você sabe disso. - minha mãe respondeu.
- Ah, vomita, oras. - eu disse por impulso.
E me arrependi a partir do momento em que as palavras explodiram pela minha boca. Tive que ouvir o sermão da minha mãe sobre as pessoas doentes que querem se curar e as pessoas saudáveis que querem se matar aos poucos e escolhem fazer isso "criando" uma doença. E ainda tive que suportar os olhares insinuates que ela me lançava.
Sei que foi uma gafe terrível. E antes disso também, certo dia minha prima foi mexer no computador que eu estava usando e uma janelinha do "Anorexic Brazil" (o grupo do msn que eu participo) abriu bem lá no meio da tela. Fechei o mais rápido que pude, mas tenho quase certeza que ela viu, apesar de não ter demonstrado.
O cerco está se fechando sobre mim e, como sempre, a culpa é toda minha.
Vou tentar um NF amanhã. Pois é, eu não posso mais me subestimar tanto. Desejem-me boa sorte.
Força pra todas vocês, boa semana! (:
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E é isso o que eu mais odeio, é me dar conta de que estou COMENDO, meu Deus, estou COMENDO quando eu realmente PRECISO passar FOME! E fome mesmo, a fome fisiológica!
Esse ano a Mia não vai conseguir me dominar, eu não vou deixar. Já chega. Já passei dois anos suficientemente horríveis nas mãos dela. Tudo bem, eu me preocupei quando achei que ela tivesse ido embora mesmo, pra sempre, (isso no final do ano passado, há pouco tempo) mas eu já deveria saber que não, que ela não me deixaria assim. Eu já deveria saber, por todo esse tempo em que estivemos juntas. Mas ela não pode continuar me dominando. Já chega, não posso continuar me prejudicando por causa dela. Estou decidida e ainda mais empenhada para controlá-la. Mais do que antes. Ela já me causou muitos estragos...
Agora eu preciso ficar antenda em relação à minha família. No dia do natal, à beira da mesa, a minha mãe estava tentando convencer a minha avó a não comer sorvete, por causa do diabetes, disse que tinha muito açúcar e blablabla. Eu resolvi me intrometer:
- Deixa a vó comer um pouquinho, mãe. Vai fazer mais mal pra ela se ela ver todo mundo comer e passar vontade. - eu disse.
- Ela não pode, tem muito açúcar, Barbie, você sabe disso. - minha mãe respondeu.
- Ah, vomita, oras. - eu disse por impulso.
E me arrependi a partir do momento em que as palavras explodiram pela minha boca. Tive que ouvir o sermão da minha mãe sobre as pessoas doentes que querem se curar e as pessoas saudáveis que querem se matar aos poucos e escolhem fazer isso "criando" uma doença. E ainda tive que suportar os olhares insinuates que ela me lançava.
Sei que foi uma gafe terrível. E antes disso também, certo dia minha prima foi mexer no computador que eu estava usando e uma janelinha do "Anorexic Brazil" (o grupo do msn que eu participo) abriu bem lá no meio da tela. Fechei o mais rápido que pude, mas tenho quase certeza que ela viu, apesar de não ter demonstrado.
O cerco está se fechando sobre mim e, como sempre, a culpa é toda minha.
Vou tentar um NF amanhã. Pois é, eu não posso mais me subestimar tanto. Desejem-me boa sorte.
Força pra todas vocês, boa semana! (:
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sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
How many days in a year
...she woke up with hope but she only found tears?
(3 doors down)
O sentimento de ter falhado mais uma vez é muito mais intenso do que eu imaginei que pudesse ser. Não quero fazer uma retrospectiva do ano passado, não seria bom e, eu nem me lembro de muitas coisas. E é passado. São memórias, lembranças. Só isso.
Agora, eu preciso aprender a lidar com os problemas que eu mesma criei. Me refiro ao excesso de peso.
Sabem de verdade qual o problema? Eles não me aceitam assim gorda. Fazem todo tipo de comentário e, às vezes, eu tenho a nítida impressão de que algumas pessoas fazem isso justamente pra me afetar e pra me ver pra baixo. Pessoas que eu gosto. Pessoas que fazem parte da minha família. Pessoas que me fazem sangrar por dentro a cada piada idiota, me fazem sangrar enquanto eu sufoco as lágrimas de vergonha.
Eu quero acreditar que tudo pode ser difente esse ano e quero conseguir encontrar esperança... Mais uma vez.
Quantas vezes se pode cair e levantar? Até quando se pode apanhar, se ferir, e mesmo assim continuar?
Não sei até quando eu vou conseguir suportar tudo isso, mas essa é a vida que eu tenho, é o que eu tenho. Elas não me traem e eu sei que continuam aqui. Talvez eu só esteja cansada demais pra voltar agora...
Sei que essa não é uma boa forma de começar o ano. Mas logo tudo volta a ser como antes. Eu sei disso porque o fato de ser uma pessoa completamente instável me dá essa garantia.
Enquanto isso, eu continuo por aqui fingindo que tenho uma boa auto-estima. Funciona. E isso basta.
A vida continua, e se entregar é uma bobagem. Feliz ano novo. E que realmente seja feliz. Para todas.
(3 doors down)
O sentimento de ter falhado mais uma vez é muito mais intenso do que eu imaginei que pudesse ser. Não quero fazer uma retrospectiva do ano passado, não seria bom e, eu nem me lembro de muitas coisas. E é passado. São memórias, lembranças. Só isso.
Agora, eu preciso aprender a lidar com os problemas que eu mesma criei. Me refiro ao excesso de peso.
Sabem de verdade qual o problema? Eles não me aceitam assim gorda. Fazem todo tipo de comentário e, às vezes, eu tenho a nítida impressão de que algumas pessoas fazem isso justamente pra me afetar e pra me ver pra baixo. Pessoas que eu gosto. Pessoas que fazem parte da minha família. Pessoas que me fazem sangrar por dentro a cada piada idiota, me fazem sangrar enquanto eu sufoco as lágrimas de vergonha.
Eu quero acreditar que tudo pode ser difente esse ano e quero conseguir encontrar esperança... Mais uma vez.
Quantas vezes se pode cair e levantar? Até quando se pode apanhar, se ferir, e mesmo assim continuar?
Não sei até quando eu vou conseguir suportar tudo isso, mas essa é a vida que eu tenho, é o que eu tenho. Elas não me traem e eu sei que continuam aqui. Talvez eu só esteja cansada demais pra voltar agora...
Sei que essa não é uma boa forma de começar o ano. Mas logo tudo volta a ser como antes. Eu sei disso porque o fato de ser uma pessoa completamente instável me dá essa garantia.
Enquanto isso, eu continuo por aqui fingindo que tenho uma boa auto-estima. Funciona. E isso basta.
A vida continua, e se entregar é uma bobagem. Feliz ano novo. E que realmente seja feliz. Para todas.
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